Deformidades congênitas da mão e do membro superior

Deformidades congênitas do membro superior são definidas como as diferenças do normal que se apresentam ao nascimento na mão ou membro superior do recém-nascido. Estas diferenças podem variar de leves a severas. Exemplos de anormalidades congênitas na mão incluem: presença ou ausência de um ou mais dedos; dedos que não se movem; dedos curtos; dedos não separados. Como deformidades no braço ou antebraço podemos citar os antebraços tortuosos, presença de ossos que não se formaram normalmente ou que nem chegaram a ser formados e amputações congênitas em diferentes níveis. Algumas deformidades podem ocorrer associadas a outras, enquanto outras são isoladas.


Existem inúmeras causas destas anormalidades. Algumas podem ser explicadas, porém outras não. O processo de desenvolvimento de um bebê a partir de um óvulo fecundado envolve milhões de complicadas fases, e qualquer uma pode não ocorrer normalmente.


Os membros superiores formam-se entre a 4a e 7a semana da gestação e o feto mede aproximadamente 3.5 cm . Estima-se em cada vinte nascidos, um apresenta alguma imperfeição maior ou menor. Algumas deformidades congênitas são transmitidas de geração para geração enquanto outras podem pular uma ou mais gerações. Alguns problemas genéticos são novas ocorrências onde o bebê é o primeiro a apresentar o problema, porém o bebê pode transmitir a deformidade a seu filho.


Outros fatores podem ocasionar as deformidades congênitas do membro superior. Algumas drogas como a Talidomida e agentes quimioterápicos são conhecidas por causar defeitos nos bebês. Fumo (tabaco), álcool e outras drogas como a cocaína podem afetar o desenvolvimento dos fetos, porém não estão relacionados com nenhuma anormalidade específica do membro superior.


Em certas ocasiões, os problemas congênitos ocorrem sem explicação alguma de como, quando ou por que. Ocorreu um erro em uma das milhões de fases de formação da mão e do membro superior do bebê. O médico geneticista pode investigar a causa mais provável da deformidade e determinar se esta é hereditária.

O tratamento das deformidades congênitas da mão e do membro superior é bastante complexo e multidisciplinar. O objetivo é fornecer à criança uma função o mais normal possível. Utiliza-se inúmeros tipos de tratamentos que incluem a fisioterapia, a utilização de órteses ou próteses e procedimentos cirúrgicos. Cada criança é um indivíduo e as decisões devem ser baseadas através da análise completa e detalhada a fim de obterem-se os melhores resultados.


É importante lembrar que as crianças necessitam do apoio e amor dos pais e familiares para vencer o desafio de serem “diferentes” e certamente espelharão as atitudes destes em relação ao seu problema.


Interna - 19/06/2017